No Brasil, o mercado livre de energia é uma alternativa para empresas que desejam escolher seus fornecedores de energia, negociar preços e contratar fontes renováveis. Esse modelo está disponível para diferentes tipos de negócios, desde grandes indústrias até cooperativas menores.
Empresas de grande porte, com alta demanda energética e carga contratada acima de 2 MW, são consideradas grandes consumidores e podem participar do mercado livre. Indústrias, shopping centers, siderúrgicas e grandes fábricas estão entre os principais exemplos.
Outro grupo que pode participar é o dos consumidores especiais, composto por empresas com demanda contratada entre 500 kW e 2 MW. Esse grupo pode contratar energia incentivada, proveniente de fontes renováveis como eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Supermercados, hospitais, hotéis, grandes escritórios e médias indústrias se enquadram nessa categoria.
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Para empresas menores que não atingem o limite mínimo de demanda contratada, existe a opção de formar consórcios ou cooperativas. Ao unir cargas, essas empresas podem acessar o mercado livre e negociar melhores condições. Essa estratégia é comum em redes varejistas, franquias e grupos que compartilham infraestrutura.
O setor agrícola também pode se beneficiar do mercado livre de energia. Grandes fazendas ou cooperativas agrícolas, que possuem alto consumo energético, conseguem reduzir custos e reforçar a sustentabilidade ao migrar para esse modelo.
Empresas com políticas voltadas para a sustentabilidade, independentemente do porte, também podem optar pelo mercado livre. Ao contratar energia renovável, essas organizações reduzem sua pegada de carbono e demonstram compromisso ambiental.
Além disso, startups e empresas tecnológicas com alta demanda energética, como aquelas que operam data centers, encontram no mercado livre uma solução para personalizar contratos e otimizar despesas.
O mercado livre de energia oferece vantagens como redução de custos, previsibilidade no orçamento, flexibilidade na escolha de fornecedores e acesso a fontes renováveis. Ele é uma alternativa viável e estratégica para empresas que buscam eficiência e sustentabilidade em suas operações.